domingo, 26 de junho de 2016

Falece nos EUA o "brasilianista" Thomas Skidmore!

À epóca da ditadura não valia a pena ler jornais ou revistas. A censura com a sua afiada tesoura tolhia as notícias não agra-dáveis ao regime militar resultando um matérias dis-formes. Uma sensa-boria literalmente.
     Com esta inflexão arbitrária das in-formações políticas nacionais, era mais saboroso ler a política internacional. Época em que eu conhecia mais os políticos estrangeiros do que os homens da Arena.
      Outra fonte de informação era no campo da História. O index da ditadura militar era draconiano e medieval. Os brasilianistas para suprir a nossa sofreguidão de informações. Brasilianistas eram  pesquisadores ame-ricanos detinham um amplo acesso a documentos e dados arquivados, ao contrário dos intelectuais brasileiros, o que os colocava em uma situação de superioridade em relação aos pesquisadores natos.
    Mas se foi o tempo em que estas figuras alienígenas, típico gringo, a grande maioria norte-americanos, sem domínio total da nossa língua. Foram para as calendas gregas o que os anos 1970 e 1980 elevavam em  95% a proporção de estrangeiros que estudavam nosso país. Justamente por isso, implicava um olhar até exótico sobre o Brasil. Hoje, há uma novidade: o crescimento considerável de brasileiros radicados no exterior que se interessam pela terra de origem com a derrocada dos efeitos da ditadura. 
     Com efeito vi o registro da nota de falecimento do famoso brasilianista, Tho-mas Skidmore e me decidi reler as obras. Que decepção reler algo que com a minha miopia intelectual achei uma obra relevante.
     Bem definiu a revista Carta Capital: Morreu nos EUA o "brasilianista" Thomas Skidmore. Os registros de óbito, no Brasil, o con-duziram ao reino dos céus. Assim seja. Ele escreveu "Brasil - de Getúlio a Castelo, um livro fraco, no qual insinua que João Goulart poderia ser filos de Getúlio Vargas. Mera e boba especulação. Circula nos meios acadêmicos uma setença implacável sobre ele. Como historiador era chamado de "Skidmore or less".

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