segunda-feira, 18 de março de 2013

O fuzil do major Higino Rolim

Certa vez, papai mexendo em casa me mostrou um revólver, estranhei, ele nunca foi de atirar. Ele mesmo a- cabou com a minha cu- riosidade: “Eu sou do tempo em que homem que não andava com o seu trabuco ficava a desejar!”. Os tempos mudaram, não se é preciso hoje andar armado para viver em paz. O Frassales na sua coluna da semana contou que cresceu “vendo um monte de rifles na casa de meu pai”, mas já não era os tempos de milícias privadas do seu avô, o memorável major Higino Rolim, quem detinha alguma riqueza tinha que se armar “defesa de seu patrimônio material e, também, para ostentar poderio político na conquista e controle do poder local”.
Pode parecer paradoxal a biografia do Major Higino que, apesar do seu arsenal, não era um dos lendários “coronéis” sanguinários, ele “Notabilizou-se pelos seus conhecimentos da língua grega, cuja cátedra ocupou em substituição ao Padre Rolim. Versado em literatura, não se cansava de saborear Virgílio, Horácio ou o opulento Homero que costumava recitar para deleite de seus pupilos”.
Ainda bem que esta meninada de hoje não co- nheceu estes tempos tão trepidantes, para eles ex- citação só nos atuais e fan- tasiosos vídeogames!

Nenhum comentário:

Postar um comentário