terça-feira, 12 de março de 2013

A vingança do cabra Damião

Padre Cícero
e Floro Bartolomeu
uma ligação quase platônica
Padre Cícero Romão Batista é uma figura inefável, ao longo dos seus 98 anos de idade teve uma vida intrépida que ainda o levará à gloria dos altares da Igreja Católica, questão de tempo. Santo? Eis uma questão nebulosa, mas Padre Cícero operou um indiscutível milagre: o vertiginoso crescimento de aldeola à grande cidade nordestina: Juazeiro do Norte, um louvável prodígio. 
Pregava padre Cícero “Em cada casa um santuário, em cada quintal uma oficina”. A sua espiritualidade caminhava numa mão, noutra inversa caminhava o pragmatismo. Juazeiro se transformou num valhacouto quando padre acoitou o atroz Floro Bartolomeu, um aventureiro baiano. Tão pragmático era o Floro que foi um dos precursores do Esquadrão da Morte. “Bandido bom é bandido morto” assim mais de setenta foram enterrados na estrada que levava Juazeiro para o Crato.
Floro morreu anos depois como deputado federal e dono de uma fortuna incalculável. Mas neste interregno de tempo suas arbitrariedades contra os seus inimigos eram implacáveis, a coerção e a eliminação física dos seus adversários eram coisas naturais, tudo sob as bênçãos do seu relacionamento platônico com o Patriarca de Jua- zeiro. Frassales na sua crônica da semana narra um dos inúmeros desmando de Floro, um caso familiar, envolvendo como vítimas, o seu avô materno, José Joaquim de Brito, e “Damião, leal cabra da família” que se vingou da surra mandando seus agressores, homens de Floro, para a eternidade e emigrando para São João do Rio do Peixe nas pisadas do seu Zuza da Inácia como era conhecido o avô do cronista.
Clique aqui e leia a crônica!

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