terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

De espingarda na mão

Tio Henrique de saudosa memória era do contra. Era Guevarista “Se hay gobierno, soy contra!”. Quando seu cunhado, Chico Rolim era candidato não tomava posição contra, mas ficava resmungando... É que ele adorava seu cunhado.
Ele tinha uma terra no município de Orós (Ceará) e lá vem a rede de alta tensão impondo faixas de servidão, claro que com a devida indenização. Cadê Tio Henrique querer aceitar! Tio Luís, seu irmão, também sofreria a mesma intervenção na sua propriedade contígua e de bom grado festejou a receita extra e, ainda, ponderou que o irmão não poderia impedir a desapropriação, mas enquanto vida teve não quis o dinheiro imposto pela desapropriação. Os herdeiros é que ficaram com a bolada.
São recorrentes casos típicos do Nordeste, que hoje o Frassales conta na sua crônica, com  versatilidade e envolvência inconteste, um caso que sentiu na pele no município de Bonito de Santa Fé de um pequeno fazendeiro que ameaçava resistir de espingarda na mão.

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